A cidade de Passa Quatro, é um notável Recanto de Minas. Destaca-se por ter sido o berço cultural de muitas e muitas gerações por todo o Sul de Minas, além de outros Estados adjacentes. É notável também, porque preserva sua história, e segue desenvolvendo seus valores, sua cultura. Cidade bonita, agradável e hospitaleira. Nossa reflexão, gira portanto em torno dessa estância hidromineral e turística.
Oh, que saudade que eu sinto,
da terra onde eu nasci.
É um recanto de Minas,
é um pedaço do meu Brasil.
Estes versos iniciais, são de uma música antiga, e que era cantada por uma menina chamada Lucia Caetano. Acho que foi por volta de 1956, quando essa menina se apresentava nos auditórios do Grupo Escolar Presidente Roosevelt, em Passa Quatro-Mg.
Estes versos estão incompletos, porque o restante da letra musical ficou perdido no tempo; eu nunca mais ouvi de novo essa canção. Uma canção que falava do vaqueiro na solidão, e se consolava cantando esta canção. Era bonito de ouvir, mas acho que ficou mesmo só na nossa lembrança.
Particularmente, sinto saudades de tudo que marcou minha vida. Lembranças de um tempo que não volta mais. Sinto saudades daqueles amigos que nunca mais vi, pois o destino incomplacente nos deu rumos diferentes. Acho que todos sentem, ou ainda vão sentir, saudade até mesmo dos tempos de criança. Tempo em que éramos felizes e não sabíamos.
Mas agora, de nada adianta esse saudosismo. Temos que ser fortes, determinados, e viver o presente. Alguém já disse isto: "Quem vive de passado é museu". Vamos então deixar nossas lembranças no arquivo da nossa memória, e remexe-las de vem em quando, só para tirar a poeira.
Certa vez, uma freira do ENSA, lá de Passa Quatro, me presenteou com um marcador de livros. O presente era simples, mas a frase que nele estava escrito eu guardei com esmerado zelo: "Somente a luz da fé, dá sentido à vida". - Cada um de nós poderá interpretar essa frase de maneiras diferentes, mas em geral, para ser ma extensivo, quer dizer também o seguinte:
... Que cada um de nós, em algum momento desta vida, teremos que nos defrontar com a nossa espiritualidade. Afinal, nossa natureza não é puramente material; somos um espírito que habita um corpo humano. Esta deve ser a minha, a nossa fé, não importa a diversidade de conceitos, porque a lei divina é apenas uma, justa e inviolável.
Agora, parafraseando os versos de outra música intitulada "Cinzas do Passado", eu também faço um plágio como se fosse minha própria canção: "Sigo alegre meu caminho, defendendo-me dos espinhos, que em mim possam ficar... E as cinzas do passado, eu as deixo num cantinho bem guardadas, para o vento não levar... Quem é que não tem saudade da felicidade no seu coração... Quem é que não chora as doces lembranças do seu guapo Recanto de Minas... "QUE SAUDADE!"
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